A Alucinação de Suportar o Dia a Dia: Um Olhar Sobre o Sofrimento Psíquico à Luz do Feminismo Decolonial
Palavras-chave:
Saude Mental, colonialismo,, sofrimento psíquico, reforma psiquiátrica, feminismo decolonialResumo
A partir de uma noção ampliada de saúde, que leva em consideração que cada sujeito é afetado de maneira profunda pelo contexto social em que vive, esta pesquisa tem por objetivo aprofundar a discussão sobre a constituição do adoecimento psíquico dentro de uma sociedade marcada pelas feridas do colonialismo. Para isso, utiliza-se de um estudo de caso, analisado à luz do feminismo decolonial, compreendendo a interseccionalidade entre raça, classe e gênero e seus efeitos nos processos saúde-doença. Nesse sentido, busca provocar uma reflexão no que concerne às políticas públicas que estão postas, com o intuito de contribuir para uma constante aproximação destas com a realidade social da população.
Downloads
Referências
Alves, A. A. M., & Rodrigues, N. F. R. (2010). Determinantes sociais e económicos da Saúde Mental. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 28(2), 127-131. Recuperado de https://www.elsevier.es/en-revista-revista-portuguesa-saude-publica-323-resumen-determinantes-sociais-e-economicos-da-S0870902510700031
Alves, Z. M. M. B., & Silva, M. H. G. F. (1992). Análise qualitativa de dados de entrevista: uma proposta. Paidéia (Ribeirão Preto), 5(8), 61-69. https://doi.org/10.1590/S0103-863X1992000200007
Azkue, M., Luxán, M., & Legarreta, M. (2014). Otras formas de (re)conocer: Reflexiones, herramientas y aplicaciones desde la investigación feminista. Universidad del País Vasco.
Barreto, A. P. (2005). Terapia comunitária passo a passo. Fortaleza: Gráfica LCR.
Belchior. (1976). Alucinação [Canção]. Em Alucinação [Álbum]. PolyGram.
Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Saúde mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Ministério da Saúde.
Breilh, J. (2013). La determinación social de la salud como herramienta de transformación hacia una nueva salud pública (salud colectiva). Revista Facultad Nacional de Salud Pública, 31, 13-27.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasil. (1988). Presidência da República.
Casa Civil. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
Costa, A. C. G. P. da, & Fernandes, E. R. (2023). Violações e desvalorização dos direitos humanos e trabalhistas das empregadas domésticas. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação – REASE, 9(9), 745–753. https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11185
Couto-Oliveira, V. (2007). Vida de mulher: gênero, pobreza, saúde mental e resiliência (Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília). Repositório Institucional da UnB. https://repositorio.unb.br/handle/10482/2862
Curiel Pichardo, O. (2014). Construyendo metodologías feministas desde el feminismo decolonial. In Mendia Azkue, M., Luxán, M., Legarreta, M., & et al. (Eds.), Outras formas de (re) conocer. Reflexiones, herramientas y aplicaciones desde la investigación feminista (pp. 45-60). Donosti-San Sebastian: Universidad del País Vasco.
Davis, A. (2018). A liberdade é uma luta constante. Editora Boitempo.
Desviat, M., & Ribeiro, V. (2015). A reforma psiquiátrica. SciELO-Editora FIOCRUZ. https://doi.org/10.7476/9788575415436
Dimenstein, M., Siqueira, K., Macedo, J. P., Leite, J., & Dantas, C. (2017). Determinação social da saúde mental: contribuições à psicologia no cuidado territorial. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 69(2), 72-87. Recuperado de https://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v69n2/06.pdf
Dutra, M. Z. L. (2015). Trabalho infantil: caminho que perpetua a pobreza. REGIONAL DO TRABALHO.
Fanon, F. (1967). Black skins, white masks. Grove Press.
Federici, S. (2021). O patriarcado do salário - Notas sobre Marx, gênero e feminismo. Boitempo.
Fialho, M. B., Lancetti, A., & Zeferino, M. T. (2014). Fundamentos da atenção à crise e urgência em saúde mental. Unasus. Recuperado de https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/3303
Fleury, S., Bicudo, V., & Rangel, G. (2013). Reacciones a la violencia institucional: estrategias de los pacientes frente al contraderecho a la salud en Brasil. Salud colectiva, 9, 11-25.
Foucault, M. (2005). História da loucura na idade clássica (8ª ed.). Perspectiva.
Freire, P. (2005). Pedagogia da Autonomia (31ª ed.). Paz e Terra.
Funasa. (2005). Saúde da População Negra no Brasil. Recuperado de https://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/saudePopNeg.pdf
Gubrium, J., & Holstein, J. (2009). Analysing narrative reality. Sage Publications.
Godoy, A. (1995). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE-revista de administração de empresas, 35(2), 65-72.
Gonzalez, L. (1988b). A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, 92/93, 69-82.
Gonzalez, L. (2020). Por um feminismo afro-latino-americano. Editora Schwarcz-Companhia das Letras.
Hooks, B. (2010). Vivendo de Amor. Recuperado de https://www.geledes.org.br/vivendo-de-amor/
Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41.
Kassouf, L. (2015). Evolução do trabalho infantil no Brasil. Sinais sociais, 9(27), 9-45.
Kilomba, G. (2019). Memórias da Plantação: Episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó.
Kind, L., & Cordeiro, R. (2016). Os encontros que compõem o ofício de pesquisar. Athenea digital: revista de pensamiento e investigación social, 16(2), 0307-324.
Laurell, A. C. (1976). A saúde-doença como processo social. Rev. Mex. Cienc. Pol. Soc, 84, 131-157.
Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990 (1990, setembro 19). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. (1990, julho 13). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
Mbembe, A. (2017). Políticas da inimizade. Antígona.
Martinez, M. (2001). Trabajo Infantil y Subjetividad: una perspectiva necesaria. Estudos de Psicologia Trabajo infantil y subjetividad, 6(2), 235-244.
Moreira, M. I. C., & Sousa, S. M. G. (2012). Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: do espaço privado à cena pública. O social em Questão, (28), 13-25.
Paulin, T., & Luzio, A. (2010). A Psicologia na Saúde Pública: desafios para a atuação e formação profissional. Revista de Psicologia da UNESP, 8(2).
Roza, G. (1996). Freud e o inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Santos, N. (1983). Tornar-se negro: Ou as vicissitudes da identidade do negro em ascensão social. Graal.
Silva, R. C. D. (1992). A formaçäo em psicologia para o trabalho na saúde pública. In Psicologia e saúde: repensando práticas. EDUSP (pp. 25-40).
Silva, L. B. B., & Bicudo, V. (2022). Determinantes sociais e determinação social do processo saúde-doença: discutindo conceitos e perspectivas. Mórula.
Silva, S., et al. (2021). Classe, Gênero, Raça e os Entraves ao Enfrentamento do Trabalho Doméstico de Meninas: análise do Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no Maranhão.
Souza, N. S. (2021). Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negroeiro em ascensão social. Schwarcz-Companhia das Letras.
Spivak, C. (2010). Pode o subalterno falar?. Editora UFMG.
Vergès, F. (2020). Um feminismo decolonial. Ubu Editora.