A Metáfora Alquímica no Contexto da Psicologia Clínica na Perspectiva Junguiana

Autores

Palavras-chave:

psicoterapia, alquimia, psicologia analítica, metáfora alquímica

Resumo

A alquimia ganhou grande destaque durante o desenvolvimento da psicologia analítica. Os processos, conceitos e a simbologia associados à alquimia possibilitaram novas maneiras de abordar o psiquismo e seus conteúdos. Uma destas maneiras é o uso de suas metáforas. A metáfora alquímica pode ser rica na tentativa de compreender melhor processos psíquicos. Consequências de cunho emocional, social e psíquico causadas por um evento como o da pandemia do Covid-19, a experiência da depressão e da anedonia, e até o processo psicoterapêutico em sua forma são exemplos em que a alquimia pode ser utilizada metaforicamente. Ainda que a literatura tenha fornecido explicações e exemplos sobre como a metáfora alquímica pode ser utilizada no contexto psicoterapêutico, há poucos estudos que sistematizam o assunto, merecendo mais atenção. Este projeto de pesquisa teve como objetivo conhecer o estado da arte sobre o uso da alquimia como metáfora no contexto da psicoterapia, evidenciando de que maneira os conceitos, os processos e a simbologia da alquimia podem contribuir para a leitura de fenômenos, eventos e temas que aparecem no contexto psicoterapêutico. A partir do método qualitativo, o projeto foi conduzido por meio de uma revisão de literatura de livros, artigos científicos e trabalhos acadêmicos, nos idiomas português e inglês, com o uso dos seguintes descritores: psicologia e alquimia, alquimia como metáfora na psicoterapia e psicoterapia e alquimia. A partir deste estudo, buscou-se contribuir para a sistematização do conhecimento sobre as práticas clínicas, evidenciando formas de utilização da metáfora alquímica nos atendimentos, seja para enriquecer o processo psicoterapêutico ou como uma forma de esclarecer casos mais complexos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ramon Petry Pinto

Graduado em Psicologia pela PUC/PR

Área de trabalho: Psicologia Clínica

Débora Patrícia Nemer Pinheiro, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Psicanalista. Doutorado em psicologia clínica PUC/SP
Mestrado em psicologia da infância e adolescência UFPR

Graduada em Psicologia pela PUC/PR
Professora PUC/PR
Responsável técnica do Centro de Psicologia Aplicada da UFPR.

Referências

Amui, J. M. (2013, 27 de outubro). Depressão e coagulatio alquimica o sofrimento como propiciador da solidificação. The Jung Page. https://jungpage.org/learn/articles/analytical-psychology/91-depresso-e-coagulatio-alquimica-o-sofrimento-como-propicador-da-solidifio

Bassoli, A. (2022). Psicologia e alquimia. In I. Gaeta (Org.). Alquimia na clínica. Anais do décimo simpósio de Psicologia Analítica da Universidade Paulista. UNIP.

Cassel, P. A., Sanchez, L. F., Campezatto, P. V. M., & Nunes M. L. T. (2015). Processo psicoterapêutico: compreensão de momento de mudança psicológica em uma sessão de psicoterapia psicanalítica. Contextos Clínicos, 8(1), 27-37. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2015.81.03

Davy-Barnes, M. (2009). Firing the therapeutic imagination: supervision and alchemical language. Journal of Poetry Therapy, 22(4), 219-234. https://doi.org/10.1080/08893670903357864

Edinger, E. F. (1985). Anatomy of the psyche. Open Court.

Edinger, E. F. (2006). Anatomia da psique: o simbolismo alquímico na psicoterapia. Cultrix.

Eliade, M. (1979). Ferreiros e Alquimistas. Zahar.

Ferreira, C. I. (2010). O fogo através do fogo: Ogum e a calcinatio no processo de psicoterapia. [Monografia de Especialização]. Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Franz, M. L. (2022). Alquimia: uma introdução ao simbolismo e seu significado na psicologia de Carl G. Jung. Cultrix. (Trabalho original publicado em 1980).

Hillman, J. (2011). Psicologia alquímica. Vozes.

Jung, C. G. (2012a). Mysterium Coniunctionis: pesquisas sobre a separação e a composição dos opostos psíquicos na alquimia. In Obras Completas de C. G. Jung (Vol. 14/2). Vozes. (Trabalho original publicado em 1956).

Jung, C. G. (2012b). Psicologia e alquimia. In Obras Completas de C. G. Jung (Vol. 12). Vozes. (Trabalho original publicado em 1944).

Jung, C. G. (2013). A prática da psicoterapia. In Obras Completas de C. G. Jung (Vol. 16/1). Vozes. (Trabalho original publicado em 1966).

Jung, C. G. (2021). Memórias, sonhos, reflexões. Nova Fronteira. (Trabalho original publicado em 1963).

Koller, S. H., Hohendorff, J., & Couto, M. C. P. P. (2014). Manual de produção científica. Penso.

Lima, L. P. (2016). Psicoterapia para psicoterapeutas: luxo, obrigação ou necessidade? IGT na Rede, 13(24), 60-84. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25262016000100005&lng=pt&tlng=pt

Marcelino, D. B. (2020). Pandemia tsunami: análise simbólica e alquímica no Serviço de Psicologia em UBS. Cadernos de Psicologias, 1. Recuperado de https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/pandemia-tsunami-analise-simbolica-e-alquimica-no-servico-de-psicologia-em-ubs/

Minayo, M. C. S., & Gomes, S. F. D. R. (2009). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes.

Resolução CFP n. 10, de 20 de dezembro de 2000. (2000). Especifica e qualifica a Psicoterapia como prática do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia. https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2000/12/resolucao2000_10.pdf

Santos, J. C. (2022). Imaginário e envelhecimento: experiência de idosos com doença renal crônica na perspectiva da Psicologia Analítica. [Tese de Doutorado]. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-15022023-190820/pt-br.php

Santos, O. T. L. (2011). Transmutação alquímica na obra de Roger Bacon. [Monografia de Graduação]. Universidade de Brasília. https://bdm.unb.br/handle/10483/2875

Souza, H. M. (2014). Atravessamentos alquímicos na Psicologia. Semina: Ciências Sociais e Humanas, 35(2), 91-102. https://doi.org/10.5433/1679-0383.2014v35n2p91

Stein, M. (2006). Jung: o mapa da alma: uma introdução. Cultrix.

Valente, A. G. (2017). O mercurius alquímico como modo de compreender a alquimia em Jung. [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal do Paraná. https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/bitstream/handle/1884/48528/R%20-%20D%20-%20ANDRE%20GUGELMIN%20VALENTE%20.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Vargas, N. S. (2017). Aspectos históricos da alquimia. Junguiana, 35(2). Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252017000200008&lng=pt&tlng=pt

Downloads

Publicado

2025-02-04

Como Citar

Petry Pinto, R., & Nemer Pinheiro, D. P. (2025). A Metáfora Alquímica no Contexto da Psicologia Clínica na Perspectiva Junguiana. Revista PsicoFAE: Pluralidades Em Saúde Mental, 13(2), 99–111. Recuperado de https://revistapsicofae.fae.edu/psico/article/view/493