Inteligência Emocional e Rendimento Acadêmico: Um Estudo Com os Estudantes de Psicologia do Instituto Superior Politécnico do Bié

Vumbi Henrique Quarta, Amândio Jamba Pedro da fonse

Resumo


As habilidades de inteligência emocional (IE) na aprendizagem dos estudantes universitários melhoram o seu rendimento acadêmico (RA), adaptação no centro educativo, autoestima, habilidades sociais, o que contribui para sua saúde física mental e desenvolve sua capacidade de tomada de decisões, entre outros. O objetivo do presente artigo foi analisar a relação entre a IE e o RA dos estudantes do curso de Psicologia. O estudo obedeceu a abordagem quantitativa, com desenho não experimental, transversal do tipo descritivo-comparativo. Para a colheita de dados, utilizou-se o instrumento TMMS-24 baseado em Trait Meta-Mood Scale, constituído por 24 itens avaliados através de uma escala tipo Likert com cinco pontos desde o “discordo totalmente” (1) até “concordo plenamente” (5), contém três dimensões principais da inteligência emocional com oito itens cada: atenção emocional, clareza de sentimentos e reparação emocional. Os resultados mostraram que os estudantes de ambos os sexos apresentam níveis adequados “considerados intermédios” de inteligência emocional. Deste modo, há necessidade de potencializar os estudantes com recursos de enfrentamento das próprias emoções e de outrem. A IE, embora não determinante no RA, considera outros elementos de influência desta variável de incidência de maior ou menor grau. Conclui-se que existe uma correlação positiva significativamente alta entre a IE e o RA através da correção de Pearson.


Palavras-chave


inteligência emocional, rendimento acadêmico, estudantes

Texto completo:

PDF

Referências


Alves, A. F. (2015). Inteligência e rendimento escolar na infância: implicações para a sala de aula. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, 2(2), 113-121. doi.org/10.17979/reipe.2015.2.2.1329

Arias, L. E. (2018). Estrategias de aprendizaje y rendimento académico en la asignatura Análisis Matemático II. Educación XXVII, (53), 24-40. doi.org/1018800/educacion.201802.002

Bar-On, R. (1997). Bar-on emotional quotient inventory. Multi Health Systems.

Barchard, K. A. (2003). Does emotional intelligence assist in the prediction of academic success? Educational and Psychological Measurement, 63, 839-858. doi.org/10.1177/0013164403251333

Boyatzis, R., & Goleman, D. (2002). Emotional competency inventory (now the emotional and social competency inventory). The Hay Group.

Boyatzis, R. E., & Goleman, D. (2014). Emotional and Social Competency Inventory. The Hay Group.

Boyatzis, R. E., Goleman, D., & Rhee, K. (2000). Clustering competence in emotional intelligence: insights from the emotional competence inventory (ECI). In R. Bar-On & J. D. A. Parker (Eds.), Handbook of emotional intelligence (pp. 343-362). Jossey-Bass.

Bertolin, J. C. G., & Marcon, T. (2015). O (des)entendimento de qualidade na educação superior brasileira: das quimeras do provão e do ENADE à realidade do capital cultural dos estudantes. Avaliação. Revista da Avaliação da Educação Superior, 20(1), 105-122.

Borges, L. F. M., Leal, E. A., Silva, T. D., & Pereira, J. M. (2018). Rendimento acadêmico e os estilos de aprendizagem: um estudo na disciplina análise de custos. Revista Alcance, 25(2), 161-176. doi.org/alcance.v25n2(Mai/Ago).p161-176

Bueno, J. M. H., Santana, P. R., Zerbin, J., & Ramalho, T. B. (2006). Inteligência emocional em estudantes universitários. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(3), 305-316.

Casiraghi, B., Almeida, L. S., Boruchovitch, E., & Aragão, J. C. S. (2020). Rendimento acadêmico no Ensino Superior: variáveis pessoais e socioculturais do estudante. Revista Práxis, 12(24), 2176-2192.

Charbonneau, D., & Nicol, A. A. M. (2002). Emotional intelligence and leadership in adolescents. Personality and Individual Differences, 33(7), 1101-1113.

Charron, C., Dumet, N., Guéguen, N., Lieury, A., & Rusinek, S. (2013). Dicionário de psicologia de A a Z. Escolar.

Contreras, F., Barbosa, D., & Espinosa, J. C. (2010). Personalidad, inteligencia emocional y afectividad en estudiantes universitarios de áreas empresariales Implicaciones para la formación de líderes. Revista Diversitas: Perspectivas en Psicología, 6(1), 65-79.

Cossio-Bolaños, M. (2015). Métodos de investigación cuantitativa en Ciencias de la Educación. Universidad Católica del Maule.

Costa, A. C. F., & Faria, L. M. S. (2014). Avaliação da inteligência emocional: a relação entre medidas de desempenho e de autorrelato. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 30(3), 339-346.

Cotler, J. L., DiTursi, D., Goldsten, I., Yates, J., & Del Bolso, D. (2017). A mindfull approach to teaching emocional intelligence to undergraduate stundants online and in person. Information Systems Education Journal, 15(1), 12-25.

Fernández, L., Rodríguez, A., & Armada, E. (2015). La inteligencia emocional en estudiantes gallegos de ESO. Universidade da Coruña. doi.org/10.17979/reipe.2015.2.x.206

Fonseca, A. J. P. (2020). Inteligencia emocional de los profesores que atienden a estudiantes con necesidades educativas especiales en escuelas especiales y regulares de Kuito y Huambo en Angola. [Dissertação de Mestrado, Universidad Católica del Maule].

Fonseca, A. J. P., & González, O. H. (2020). Inteligencia emocional en maestros de educación especial: aproximación a los instrumentos de medición. Educere, 25(81), 379-390.

Franco, G., & Nóbrega, M. (2017). Inteligência emocional, resolução de problemas sociais e rendimento académico. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, 10(1), 98-103. doi.org/10.17979/reipe.2017.0.10.2899

Goleman, D. (1995). Inteligência emocional (12a ed.). Circulo de Leitores.

Goldenberg, I., Matheson, K., & Mantler, J. (2006). The assessment of emotional intelligence: a comparison of performance-based and self-report methodologies. Journal of Personality Assessment, 86, 33-45.

Hernández-Sampieri, R., & Torres, C. P. M. (2018). Metodología de la investigación científica: las rutas cuantitativa, cualitativa y mista. McGraw-Hill.

Hodzic, S., Scharfen, J., Ripoll, P., Holling, H., & Zenasni, F. (2018). How efficient are emotional intelligence trainings: a meta-analysis. Emotion Review, 10, 138-148.

Mayer, J. D., Caruso, D. R., & Salovey, P. (2016). The ability model of emotional intelligence: principles and updates.

Emotion Review, 8(4), 290-300. https://doi.org/10.1177/1754073916639667

Mayer, J. D., Salovey P., & Carus, D. R. (2016). The ability model of emotional intelligence. Emot Rev., 8(4), 290-300.

Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R. (2004). Emotional intelligence: theory, findings and implications. Psychological Inquiry, 15(3), 197-215. http://doi.org/10.1207/s15327965pli1503_02

Mesa Castro, N. (2019). Influencia de la inteligencia emocional percibidaen la ansiedad y el estrés laboral de enfermería. Ene, 13(3).

Miranda, G. J., Lemos, K. C. S., Pimenta, A. S. O., & Ferreira, M. A. (2013). Determinantes do desempenho acadêmico na área de negócios. In Anais do 4º Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade. ANPAD.

Morales, M. I. J., López-Zafra, E. (2009). Inteligencia emocional y rendimiento escolar: estado atual de la cuestión. Revista Latinoamericana de Psicología, 41(1), 69-79.

Munhoz, A. M. H. (2004). Uma análise multidimensional da relação entre inteligência e desempenho acadêmico em universitários ingressantes. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas].

Pacheco, N., & Fernández-Berrocal, P. (2003). El papel de la inteligencia emocional en el alumnado: evidencias empíricas. REDIE — Revista Electrónica de Investigación Educativa, 6(2).

Patrícia, M., Branco, C. D., & Siqueira, N. (2013). Contribuição da inteligência emocional para o sucesso escolar no contexto da formação em medicina. [Dissertação de Mestrado, Universidade da Beira Interior].

Petrides, K. V. (2010). Trait emotional intelligence theory. Industrial and Organizational Psychology, 3, 136-139.

Petrides, K. V., Pita, R., & Kokkinaki, F. (2007). The location of trait emotional intelligence in personality factor space. British Journal of Psychology, 98(2), 273-289. https://doi.org/10.1348/000712606x120618

Pola, A. (2013). Relación entre el rendimiento académico y los hábitos de estudio en alumnos universitarios. [Tesis de grado, Universidad Abierta Interamericana].

Queirós, M. M., Fernández-Berrocal, P., Extremera, N., Carral, J. M. C., & Queirós, P. S. (2005). Validação e fiabilidade da versão portuguesa modificada da Trait Meta-Mood Scale. Revista de Psicologia, Educação e Cultura, 9, 199-216.

Rego, A., & Fernandes, C. (2005). Inteligencia emocional: desarrollo y validación de un instrumento de medida. Revista Interamericana de Psicología, 39(1), 23-38.

Rendón, M. A. (2019). Competencias socioemocionales de maestros en formación y egresados de programas de educación.

Praxis & Saber, 10(24), 243-270. https://doi.org/10.19053/22160159.v10.n25.2019.10004

Ribeiro, M. A. F. (2019). Fatores preditores do desempenho académico: o caso da motivação, satisfação e autoeficácia. [Dissertação de Mestrado, Universidade Católica Portuguesa].

Salovey, P., & Mayer, J. D. (1990). Emotional intelligence. Imagination, Cognition and Personality, 9(3), 185-221.

Sanjuán Quiles A., & Ferrer Hernández, M. (2008). Perfil emocional de los estudiantes em prácticas clínicas. Acción tutorial em enfermería para apoyo, formación, desarrollo y control de las emociones. Invest. Educ. Enferm., 26(2), 226-235.

Silva, M. M., & Silva, A. M. S. (2018). Inteligência emocional e sua aplicação no contexto educacional. Luminar, 1(2), 16-31. doi.org/10.17979/reipe.2015.2.x.206

Sousa, A. P. L. D. B. (2010). Inteligência emocional e desempenho académico em estudantes do ensino superior. [Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Miguel Torga].

Wiers-Jenssen, J., Stensaker, B., & Grogaard, J. B. (2002). Student satisfaction: towards an empirical deconstruction of the concept. Quality in Higher Education, 8(2), 183-195. https://doi.org/10.1080/1353832022000004377

Wittmer, J. L. S., & Hopkins, M. M. (2018). Exploring the relationship between diversity intelligence, emotional intelligence, and executive coaching to enhance leader development practices. Advances in Developing Human Resources, 20(3), 285-298.

Yücel, A. S., & Özdayi, Y. (2019). Analysis on emotional intelligence levels of physical education and sports students in sports. Universal Journal of Educational Research, 7(3), 853-862. doi.org/10.13189/ujer.2019.070327


Apontamentos

  • Não há apontamentos.