Do Significado dos Sintomas ao Sentido da Vida: os Processos Moderadores da Autotranscendência

VAGNER SANAGIOTTO

Resumo


O presente artigo tem como objetivo analisar a significatividade da autotranscendência como variável moderadora, especificamente quando age entre o funcionamento da personalidade e o propósito de vida, na redução dos efeitos dos domínios de personalidade com tendência psicopatológica. Com uma amostragem por conveniência não probabilística, recolheu-se dados de 498 participantes, oriundos de três países diferentes. Utilizando um método de pesquisa da moderação mediada, propôs-se três hipóteses para serem analisadas: na primeira delas, procedeu-se com a análise da correlação entre as variáveis estudadas; na segunda, verificou-se a mediação do propósito de vida entre o funcionamento da personalidade e os domínios de personalidade com tendência psicopatológica; enfim, na terceira hipótese, verificou-se a significatividade da autotranscendência como variável moderadora. Em termos gerais, os dados indicaram que a principal dimensão do funcionamento da personalidade que interage com a autotranscendência, para predizer o propósito de vida e diminuir a incidência dos domínios de personalidade com tendência psicopatológico, foi a individual.


Palavras-chave


autotranscendência, propósito de vida, psicopatologia, personalidade

Texto completo:

PDF

Referências


Aguiar, A. A. (2011). Relações entre valores, sentido de vida e bem-estar subjetivo em membros de novas comunidades católica [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Paraíba].

American Psychiatric Association (2023). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5-TR (5a ed.). Artmed.

Aquino, T. (2009). Atitudes e intenções de cometer suicídio: seus correlatos existenciais e normativos [Tese de Doutorado, Universidade Federal da Paraíba].

Aquino, T., Correia, A. P. M., Marques, A. L. C., Souza, C. G., Assis Freitas, H. C., Araújo, I. F., Dias, P. S., & Araújo, W. F. (2009). Atitude religiosa e sentido da vida: um estudo correlacional. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(2), 228-243.

Cancellieri, U. G., Pacciolla, A., & Carcione, A. (2014). Il significato del sintomo e il significato della vita: interdipendenza tra senso della vita, metacognizione e resilienza. Cognitivismo Clinico, 11(1), 116-133.

Crea, G., & Grammatico, S. (2022). Senso della vita e autotrascendenza come fattori di mediazione per l’ansia da covid. Una ricerca empirica. Orientamenti Pedagogici, 69(2), 13-24.

Crumbaugh, J., & Maholick, L. (1964). An experimental study in existentialism: the psychometric approach to Frankl’s concept of noogenic neurosis. Journal of Clinical Psychology, 20(2), 200-207. https://doi.org/10.1002/1097-4679(196404)20:2<200::AIDJCLP2270200203>3.0.CO;2-U

Frankl, V. (1977). Fondamenti e applicazioni della logoterapia. SEI.

Frankl, V. (1983). Un significato per l’esistenza: psicoterapia e umanismo. Città Nuova.

Frankl, V. (1987). El hombre doliente: fundamentos antropológicos de la psicoterapia. Herder Editorial.

Frankl, V. (1989). Psicoterapia e sentido da vida: fundamentos da logoterapia e análise existencial. Quadrante.

Frankl, V. (1999). El hombre en busca del sentido último: el análisis existencial y la conciencia espiritual del ser humano. Paidós Ibérica.

Frankl, V. (2005). Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Ideias e Letras.

Frankl, V. (2011). A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da logoterapia. Paulus.

Frankl, V. (2012). Logoterapia e análise existencial. Forense Universitária.

Frankl, V. (2015). O sofrimento de uma vida sem sentido: caminhos para encontrar a razão de viver. É Realizações.

Frankl, V. (2016a). Psicoterapia e sentido da vida. Quadrante.

Frankl, V. (2016b). Teoria e terapia das neuroses. É Realizações.

Frankl, V. (2017). Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Vozes.

Gallucci, M., Berlingeri, M., & Leone, L. (2017). Modelli statistici per le scienze sociali. Pearson.

Grammatico, S. (2012). Processo di acculturazione, social support, benessere e qualità di vita. Ricerca di Senso, 10(2), 219-256.

Grammatico, S. (2018). La scala “Autotrascendenza”. Una validazione empirica delle proprietà psicometriche. Ricerca di Senso, 161(2), 103-129.

Grammatico, S. (2021). Volontà di significato e autotrascendenza come sistema motivazionale interpersonale. Franco Angeli.

Harlow, L., Newcomb, M., & Bentler, P. M. (1987). Purpose in life test assessment using latent variable methods. British Journal of Clinical Psychology, 26(3), 235-236.

Hayes, A. (2013). Introduction to mediation, moderation, and conditional process analysis. Guilford.

Nascimento, R. B. T., & Dias, N. L. (2019). Teste propósito de vida: propriedades psicométricas e evidências de validade. Avaliação Psicológica, 18(2), 176-182. https://doi.org/10.15689/ap.2019.1802.15459.08

Nobre, M. A. R. (2016). Purpose in Life Test (PILTest): evidências de validade e precisão. Revista Logos & Existência, 5(1), 89-118.

Oliveira, K. G., & Krueger, R. (2015). Validity of the DSM-5 alternative personality disorder model in brazilian clinic and non-clinic samples. In Annual Meeting of the Society for Research in Psychopathology. Society for Research in Psychopathology.

Oliveira, S. E. S. (2016). Avaliação estrutural e dimensional da personalidade: estudos psicométricos e de aplicação clínica [Tese

de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Pacciolla, A. (2019). Noogenic neurosis and selftranscendence. The existential humanistic approach in clinical psychology. Angelicum, 96(4), 453-492.

Pontes, A. M., Santos, D. M. B., & Duarte, C. Z. C. G. (2020). O legado de Viktor Frankl: caminhos para uma vida com sentido. IECVF.

Preacher, K., & Hayes, A. (2004). SPSS and SAS procedures for estimating indirect effects in simple mediation models. Behavior Research Methods, 36(4), 717-731.

Ronco, A., & Grammatico, S. (2009). Questionario Autotrascendenza Autodistanziamento. Orientamenti pedagogici, 56(6), 985-1012.

Ronco, A., & Grammatico, S. (2000). Un test sull’autotrascendenza e l’autodistanziamento. Atualità in Logoterapia, 2(3), 75-90.

Sanagiotto, V., & Pacciolla, A. (2022a). A autotranscendência como mediadora do processo psicoterapêutico. In V. Sanagiotto & A. Pacciolla (Orgs.), A autotranscendência na logoterapia de Viktor Frankl (pp. 74-93). Vozes.

Sanagiotto, V., & Pacciolla, A. (Orgs.). (2022b). A autotranscendência na logoterapia de Viktor Frankl. Vozes.

Shrout, P., & Bolger, N. (2002). Mediation in experimental and nonexperimental studies: new procedures and recommendations. Psychological Methods, 7(4), 422-445.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.