Autoeficácia e Habilidades Sociais em Profissionais do SUAS

Thaís Cristina Gutstein Nazar, Aline Perin Padilha, Ana Cláudia Pansera

Resumo


A autoeficácia é definida como o sentimento de autoconfiança, ou a crença nas próprias capacidades, para organizar e executar tarefas e é capaz de influenciar o desempenho profissional. Considerando isso, o presente artigo objetivou  investigar os níveis de autoeficácia e sua correlação com os fatores do Inventário de Habilidades Sociais (IHS-2). Para isso, foi aplicada a Escala de Autoeficácia Geral Percebida e o IHS-2 em 22 profissionais do SUAS, mais especificamente trabalhadores do CRAS e CREAS de um município do sudoeste do Paraná, selecionados por conveniência. Dos resultados, 40,9% (n= 09) apresentaram altos índices de autoeficácia e 50% obtiveram indicativo de bons repertórios em Habilidades Sociais. Ainda,  encontraram-se correlações positivas entre autoeficácia e o fator de desenvoltura social e a classificação geral no IHS-2, além de correlações positivas entre os fatores de Autocontrole/Enfrentamento e Expressão de Sentimentos Positivos e Autoeficácia com dados sociodemográficos como idade, número de filhos, renda, dentre outros. Com isso, pode-se concluir que esses profissionais apresentam níveis satisfatórios de autoeficácia, ou seja, são capazes de administrar estressores e reconhecer as próprias habilidades (fator possivelmente influenciado pelos bons níveis de habilidades sociais).


Palavras-chave


Assistência Social, CRAS, CREAS, Autoeficácia, Habilidades Sociais

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