MANEJO DE CRISE NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

Nicole Batista Krachenski, Adriano Furtado Holanda

Resumo


Desde que o movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira se constituiu no país, o conceito de crise foi ampliado, junto a sua compreensão de manejo. Nesse contexto, as crises psicóticas em especial apresentam divergências no que diz respeito a seu manejo. Assim, ainda que seja evidente a modificação na maneira de atenção às crises do tipo psicótico, há um grau de dificuldade em tal atuação e, visto que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são indicados como  pontos estratégicos para esse tipo de cuidado na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), é relevante investigar o que tem sido construído sobre tal temática nos últimos anos. Por isso, o presente trabalho buscou realizar uma revisão   sistemática de literatura sobre o que tem sido publicado a respeito de manejo de crises psicóticas nos Centros de Atenção Psicossocial nos últimos cinco anos, a partir do método de Tourinho. Para tanto, foram utilizadas na busca as bases  de dados Scielo, Pepsic e Plataforma Capes - totalizando 25 artigos para análise final. A partir do que foi encontrado, cinco categorias foram ordenadas apresentando o que foi mais abordado nos estudos, quais sejam: (1) a permanência da lógica manicomial nos CAPS, (2) dificuldade no manejo de crises, (3) possibilidade do uso de outros pontos da Rede, (4) a família no processo e (5) prática dos profissionais. Levando em conta os dados encontrados, foi possível  perceber a importância de pontuar a complexidade do movimento e discurso da Reforma Psiquiátrica no Brasil, já que essa transformação não ocorre por decreto ou mudanças exclusivamente estruturais, mas contempla um processo lento e contextual. Assim, é necessário revisitarmos o processo da Reforma constantemente.

Palavras-chave


CAPS; Crise; Psicose; Reforma Psiquiátrica

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