A abordagem do diálogo aberto para a psicose aguda: sua poética e micropolíticas

Jaakko Seikkula, Mary E. Olson, Pedro Luís Tizo Santos (Tradutor)

Resumo


Na Finlândia, uma abordagem baseada em redes e linguagem para o cuidado psiquiátrico surgiu, chamada “Diálogo Aberto.” Ela bebe dos princípios dialogais de Bakhtin (Bakhtin, 1984) e está enraizada em uma tradição Batesoniana. Dois níveis de análise, as poéticas e as micropolíticas são apresentadas. As poéticas incluem três princípios: “tolerância à incerteza,” “dialogismo,” e “polifonia em redes sociais.” Um encontro para tratamento demonstra como essas poéticas operam para gerar um diálogo terapêutico. As micropolíticas são as práticas institucionais maiores que dão suporte a este modo de trabalho e são parte do tratamento Need-Adapted Finlandês. Estudos recentes sugerem que o Diálogo Aberto melhorou os resultados com pessoas jovens em uma variedade de agudas, e severas crises psiquiátricas, como a psicose, se comparadas à organização de tratamento usual. Em um acompanhamento de dois anos, não-randomizado, por sobre primeiros episódios de esquizofrenia, a hospitalização decresceu em aproximadamente 19 dias; medicamentos antipsicóticos foram necessários em 35% dos casos; 82% não tiveram, ou tiveram apenas leves sintomas psicóticos remanescentes; e apenas 23% receberam abono para desabilidades. 


Palavras-chave


Picologia; Saúde Mental; Diálogo Aberto

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