ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE SAÚDE VINCULADOS AO SUS PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CURITIBA

Hamilton Vedovato de Marque, Luana Ciriaco da Luz, Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini, Kátia Daniele Biscouto de Souza

Resumo


Desde 2012, a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerada pessoa com deficiência, passando a ter à sua disposição, no Sistema Único de Saúde (SUS), um tratamento que contemple a realidade desse indivíduo, bem como o acesso ao diagnóstico precoce. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar os processos de diagnóstico e tratamento ofertados pelas instituições da rede SUS, prestando atendimento especializado em Curitiba. A pesquisa envolveu análise documental e entrevistas com responsáveis das instituições de atendimento. Realizou-se a análise de prontuários de 1197 usuários com TEA dos Centros de Apoio Psicossocial – Infantil (CAPSi) e Ambulatório Enccantar entre os anos de 2015 e 2018. Na amostra nota-se que usuários se concentram em maior quantidade na faixa etária de 7 a 12 anos (41%), havendo maior predomínio do sexo masculino (71%). Cerca de 39% dos usuários iniciaram o serviço entre 0 e 6 anos. O tempo de permanência médio dos usuários nos casos em que houve alta foi de 17 meses. Em Curitiba, os atendimentos oferecidos dividiram-se em Grupo de TEA (60%), Atendimento  Individual (23%) e Grupo de Pais (18%) nos CAPSi e Atendimento Individual no Ambulatório Enccantar. Resultados sugerem discordância entre o previsto em documentos e o serviço prestado, e baixa permanência dos usuários no serviço, todavia verifica-se um atendimento focado no indivíduo, com vistas à promoção da socialização. O serviço presta atendimento a um número expressivo de indivíduos, no entanto acredita-se que investimentos na capacitação dos profissionais envolvidos possam potencializar sua eficácia.


Palavras-chave


CAPS; Saúde Mental; Autismo

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